Hoje estreia o último filme da franquia Naruto!

Salve pessoas! O mundo dos ninjas nunca será o mesmo depois de Naruto. Lançada no formato mangá (em 1999, no Japão) e logo ganhando um animê (em 2002), a série é um dos grandes fenômenos pop contemporâneos entre os fãs da cultura oriental. Talvez o segredo do sucesso seja a mescla entre ação de qualidade – com batalhas épicas entre os personagens –, dramas e lições de amizade e superação. Entre centenas de histórias passadas pelo herói do título, sua jornada, comandada pelo autor e ilustrador Masashi Kishimoto, foi encerrada no ano passado. “O término de Naruto com certeza é um grande marco na história dos mangás. Por mais que a obra já não estivesse em seus melhores dias, ela com certeza é bastante lembrada pelo sucesso que fez mundialmente e creio que os japoneses saibam bem disso”, analisa Talles Queiroz, colaborador do site JBox (www.jbox.com.br), especializado em produções japonesas. “Acabou sendo como uma fase na vida dos fãs do mundo de mangás e animês. Posso afirmar que boa parte dos fãs mais novos foo inserida nesse meio depois de Naruto.”

Antes que o derradeiro conto sobre o ninja chegue ao Brasil de maneira oficial, os cinemas abrem espaço para The Last Naruto: O Filme, que entra em cartaz na quinta-feira após tomar as telonas do Japão em dezembro. Trata-se de parte das comemorações dos 15 anos do lançamento do mangá.

A trama, revelada pelo diretor Tsuneo Kobayashi, se passa dois anos depois dos fatos finais da série, mas antes do chamado ‘prólogo’ – cujas algumas cenas aparecem nas telonas –, e coloca Naruto e seus amigos (entre eles Sakura, Shikamaru e Sai) tendo que impedir que a Lua colida com a Terra devido às ações de um perigoso vilão. Mas as atenções se voltam para o relacionamento entre o personagem principal e Hinata Hyuuga, deixando a ação de lado em muitos momentos. Pode ser que certos espectadores se frustrem um pouco na expectativa de ver confrontos épicos e encontrem uma pegada mais romântica. Os flashbacks que surgem dão maior noção de como sua relação ocorreu ao passar dos anos, além de ajudar a recordar certos momentos importantes da saga.

As versões que chegam aos cinemas por aqui são dubladas, com toda a equipe que trabalha no seriado. Apesar das vozes serem as mesmas, os traços são diferentes do animê, com um aspecto mais artístico.

Segundo Queiroz, a chegada da animação em longa-metragem simboliza uma valorização dos desenhos japoneses no Brasil. “Anos atrás, os ditos animês eram bem difundidos pela TV brasileira, mas isso foi se perdendo com a diminuição da grade de horários para desenhos nos sinais abertos de televisão”, afirma.

Depois de 700 capítulos em mangá, 18 temporadas na TV, nove filmes e 16 anos de vida, a saga do verborrágico adolescente Naruto finalmente chega ao fim nas telas de cinema. Criado em 1999 por Masashi Kishimoto (embora o personagem date de 1997), o jovem ninja cresceu e, agora, enfrenta vilões não apenas para salvar a Terra, mas também a nova namorada. O filme estreia nesta quinta (28). Como se trata de um longa para a conclusão da história, é preciso ter alguma familiaridade com esse universo para entender o que ocorre durante a projeção. O espectador pode se ver imerso em um sem número de nomenclaturas e relações que não são explicadas e, por isso, um contexto prévio é fundamental.

O roteiro tem como base o que ocorre entre os capítulos 699 e 700 (o último) do mangá, quando a história dá um salto temporal. Aqui, vemos Naruto já grande, recebendo os louros pela colossal batalha contra Sasuke, que quase aniquilou a vida no planeta. No entanto, um novo vilão entra em cena, Ootsutsuki Toneri, que vive na lua e está pronto para jogá-la contra a Terra para o extermínio completo dos humanos. Depois de sequestrar Hanabi e, mais tarde, sua irmã Hinata, Naruto e seus amigos Sakura, Shikamaru e Sai viajam em busca do malfeitor para impedir seus planos e salvar as irmãs.

Embora a ação esteja ali, é no romance que o filme ganha força. Entende-se que Hinata sempre foi apaixonada pelo herói, pela retrospectiva que o longa mostra dos dois. Mas não fica muito claro quando realmente Naruto se apaixona por ela, o que se apresenta em uma espécie de sonho causado pelo vilão.

Com o grande espaço para o amor, perde-se algumas qualidades do par protagonista. Se de um lado não se vê o humor verborrágico de Naruto, também é difícil acreditar que Hinata seja tão impotente —com a necessidade de ser sempre salva— como é mostrado. Na técnica o anime também não é superior ao que já se viu em longas de seus compatriotas Hayao Miyazaki (de "A Viagem de Chihiro"), ou mesmo Hideaki Anno (de "Neon Genesis Evangelion"). Mas, é bastante competente para fechar o ciclo que começou há 15 anos.

Fonte: DIÁRIO DO GRANDE ABC, UOL

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