ATEMPORAL: Filme clássico da Turma da Mônica completa 40 anos de seu lançamento


Nesta semana, completam-se 40 anos do lançamento de um clássico da animação nacional, que é "A Princesa e o Robô". O longa estreou nos cinemas em 16/01/1984, com direção do Maurício de Sousa e o segundo filme da Turma da Mônica, da qual Maurício é o criador. O filme segue a Turma da Mônica enquanto eles tentam fazer com que um robô tenha um coração de verdade para conquistar a Princesa Mimi, enquanto o vilão Lorde Coelhão tenta impedir. Ao contrário do filme anterior, As Aventuras da Turma da Mônica (1982), dividido em quatro histórias, este segue um único enredo original. Mauricio declarou que o filme seria "dez vezes melhor que o primeiro" e o descreveu como um "épico-romance espacial".

Produzido num período de dez meses no ano 1983, sem utilizar computadores, foi necessário realizar cerca de 120 mil desenhos e 800 cenários. Lançado pela primeira vez em 16 de janeiro de 1984, o filme teve recepção mista da crítica, especialmente em relação à trama. Em 2017, a Associação Brasileira de Críticos de Cinema elegeu A Princesa e o Robô como o 34.º melhor filme de animação brasileiro. Em 2019, o filme foi colocado na íntegra no YouTube de maneira oficial. Mauricio já cogitou a criação de um remake do filme.

No filme, o Coelho Negro, um robô, vivendo no distante planeta de Cenourando, é atingido pela estrela pulsar, que se soltara do espaço, provocando a paixão no robô pela Princesa Mimi. Mas, assim como ele, Lorde Coelhão, um vilão, viajante do espaço em busca de fortuna, também deseja o coração de Mimi. Para resolver a questão, ambos fazem um torneio, e o Coelho Negro é o vencedor. No entanto, ele não tem um coração de verdade, o que o impede de ficar com Mimi, e fazendo-o cair na Terra. A Turma da Mônica então decide ajudá-lo. Sua missão é procurar a estrela pulsar para que o Coelho Negro tenha um coração verdadeiro, enquanto Lorde Coelhão tenta impedi-los.

Mauricio descreveu A Princesa e o Robô como um filme "leve, ágil", e ele comentou que teve cuidado especial com sua montagem "para que o ritmo não deixasse nada a dever ao de qualquer produção estrangeira". Sobre o fato de personagens do filme serem coelhos, Mauricio disse que eles eram animais "simpáticos, gostosos, gentis", possuindo empatia com o público infantil, e argumentou: "Evito criar monstros como ratos; as crianças gostam de robôs e de monstrengos bem criados. Mas dos terríficos, feios, sem reações humanas, eles não gostam. Este é um cuidado que, de certa maneira, o velho pessoal do desenho animado sempre teve". Maurício também teve cuidado especial com a trilha sonora do filme: "Acho a música uma coisa tão importante nos filmes que vou aumentar cada vez mais, não pode haver buracos, exige uma sincronia total com o clima". A trilha sonora foi composta por Lino Simão.

Curiosamente, o filme estreou no mesmo dia em que Marli Bortoletto (que fez sua estreia como a voz oficial da Mônica) completou 25 anos. Em 18/12/1988, a Rede Manchete exibiu o filme pela primeira vez na TV, e depois foi relançado em VHS, DVD, e no YouTube. Em 2017, o filme foi eleito como 34º melhor filme de animação brasileiro.

FONTE: Wikipedia

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