HOJE NA HISTÓRIA: 80 anos de um dia trágico trágico para o Japão
A bomba, apelidada de "Little Boy", tinha um núcleo de urânio enriquecido e era do tipo "canhão", com duas massas de urânio separadas em duas extremidades opostas de um tubo. Quando se uniam, atingia uma massa crítica que conduzia à fissão nuclear descontrolada e explosiva. Apesar de transportar apenas 64 kg de material, a força da detonação foi equivalente a 15 mil toneladas de TNT, aproximadamente o poder de fogo concentrado de mais de 2 mil bombardeiros B-29, como o Enola Gay, que lançou a bomba.
A detonação ocorreu exatamente às 8h15, hora local, a 580 metros de altitude. O alvo de referência era a Ponte Aioi, mas os ventos desviaram a bomba, fazendo-a se detonar sobre uma clínica médica a 240 metros da ponte. O raio de destruição total foi de 1,6 quilômetros, com incêndios consumindo tudo em uma área de mais de 10 quilômetros quadrados.
No solo, cerca de 66 mil pessoas morreram instantaneamente, com outras 70 mil ficando feridas. Segundo estimativas japonesas, no total, considerando os mortos pela radiação nos anos seguintes, as baixas fatais em Hiroshima foram de 140 mil pessoas.
Hiroshima era um importante porto e centro industrial, responsável pela fabricação de peças e componentes para aviões, bombas e fuzis, além de ser a sede de diversas grandes unidades militares japonesas, com aproximadamente 400 mil soldados na região, dos quais 40 mil dentro da cidade (estima-se em 10 mil o número de baixas militares no bombardeio atômico). A cidade também era um importante hub logístico, apoiando as operações japonesas ao sul do arquipélago do Japão.
Hoje é um dia recordado com tristeza pelos japoneses, que, de modo geral, consideram os bombardeios atômicos como um "mal necessário", tendo em vista a determinação japonesa em se manter na guerra "até o final". E de fato, após esse bombardeio, o governo do Japão decidiu continuar na guerra, mudando de posição apenas depois do segundo ataque, no dia 9, e após a declaração de guerra soviética, e por uma votação empatada que foi decidida pelo Imperador, que votou pela rendição.
FONTE: Hoje no Mundo Militar (X)
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