TELETON 2025: Os acertos, os erros e o que precisamos melhorar na edição de 2026

Pessoal do LSH, A edição de 2025 do Teleton 2025 (realizada em conjunto entre AACD e SBT) trouxe bons resultados e algumas áreas que podem melhorar para 2026. A seguir, resumo os acertos, os erros/pontos de atenção e o que precisamos melhorar para 2026.

✅ Acertos

  1. Meta superada

    • A campanha tinha como meta arrecadar R$ 35 milhões. 

    • Ao final, a arrecadação ficou em aproximadamente R$ 37,24 milhões

    • Isso mostra forte mobilização e capacidade de engajamento do público, patrocinadores e artistas.

  2. Retorno ao formato de maratona ininterrupta

    • A edição 2025 retomou o formato clássico de mais de 24 horas de transmissão contínua, o que reforça o caráter tradicional da campanha.

    • Esse formato ajuda a manter o “espírito de evento” e o senso de urgência da doação.

  3. Integração digital / canais de doação modernos

    • A campanha ampliou canais de doação: PIX, telefone, site, plataformas digitais. 

    • Atuação de influenciadores, artistas de peso e forte presença nas redes sociais (o que atinge um público mais jovem). 

  4. Tema e comemoração institucional

    • Em 2025, a campanha celebrou os 75 anos da AACD. 

    • O slogan “Confiamos no futuro, confiamos em você”.

    • A escolha de três pacientes-símbolo de diferentes faixas etárias reforça a representatividade.

  5. Transparência sobre onde o valor será aplicado

    • A AACD deixou claro que essa campanha representa uma parte significativa das suas necessidades de manutenção/atendimento.

    • Isso ajuda a dar credibilidade à campanha.

⚠️ Erros / Pontos de atenção

  1. Dependência de grandes doações pontuais

    • A matéria indica que “o momento de virada” para passar a meta envolveu doações de grandes valores de empresas e celebridades. 

    • Embora sejam bem-vindas, isso pode indicar vulnerabilidade se essas grandes doações faltarem em algum ano — a base de doadores menores precisa ser forte.

  2. Exaustividade e impacto da longa duração

    • Transmissão de mais de 24 horas é um acerto no sentido de tradição, mas pode levar à queda de audiência / engajamento em algumas faixas (madrugada etc).

    • Pode haver dispersão do público ou “cansaço” da maratona.

  3. Conectar mais o público com o impacto direto

    • Embora os pacientes-símbolo e histórias emocionantes estejam presentes, sempre há oportunidade de tornar mais tangível “o que a sua doação faz” no curto prazo, em formatos rápidos e visuais para digital.

    • A comunicação intensa pode correr o risco de se tornar “apenas espetáculo” em vez de foco na causa.

  4. Diversificação geográfica / regional

    • A campanha, sendo nacional, talvez ainda possa aumentar a presença regional (unidades da AACD fora de SP, por exemplo) de modo que as doações se sintam mais próximas à realidade local de cada doador.

    • Se a maioria das imagens / histórias vier de um centro principal, público de outras regiões pode se sentir menos conectado.

  5. Transparência e prestação de contas após o evento

    • Embora seja citado que as arrecadações irão para a manutenção da instituição, não encontrei (nas matérias que vi) um detalhamento imediato pós-evento de como cada valor foi aplicado ou quais metas foram atingidas por valor doado (por exemplo, “x sessões de fisioterapia”, “y próteses entregues”).

    • Essa prestação poderia reforçar a confiança futura.

 

🔧 Recomendações para a edição de 2026

  1. Fortalecer a base de doadores menores / recorrentes

    • Criar programas de “assinatura” ou doação mensal, para que a arrecadação não dependa tanto de grandes picos no dia-evento.

    • Incentivar pequenas doações recorrentes com visibilidade (“Você que doa R$ X por mês está sustentando Y atendimentos por ano”).

  2. Otimizar o horário e formatos da maratona

    • Considerar se toda a duração de mais de 24 horas é ainda a melhor forma ou se vale trabalhar blocos de maior impacto.

    • Adaptar mais fortemente para plataformas digitais (streaming, redes sociais). Um bloco principal para TV, outros para digital exclusivos.

  3. Melhor comunicação do impacto direto e transparência contínua

    • Produzir e divulgar relatório pós-evento com métricas simples (“R$ 1 = X sessões / Y próteses”) para mostrar retorno da doação.

    • Usar vídeos curtos para digital, micro-stories que mostrem antes/depois dos atendimentos da AACD.

    • Integrar mais entrevistas com pacientes de diferentes regiões e realidades.

  4. Expandir regionalização e inclusão

    • Levar mais quadros e transmissões para fora de São Paulo, mostrar unidades regionais da AACD, criar “micro-teletons regionais” no grande evento.

    • Incentivar empresas regionais a participar, com visibilidade local.

  5. Engajamento digital e inovação

    • Gamificar o processo de doação: metas interativas, contadores ao vivo, desafios nas redes.

    • Parcerias com plataformas de streaming, influenciadores de nicho (inclusão, deficiência, esporte adaptado) para alcançar públicos novos.

    • Uso de Realidade Aumentada / filtros para engajar jovens doadores.

  6. Revisão estratégica de patrocinadores e grandes doadores

    • Garantir que o plano inclua “back-up” caso grandes doações não se concretizem tão fortemente no dia-evento.

    • Estabelecer compromisso com patrocinadores ao longo do ano, não apenas no evento.

  7. Acessibilidade e inclusão da causa

    • Garantir que toda a programação — TV, streaming, digital — seja acessível: legendas, linguagem para surdos, recursos para pessoas com deficiência.

    • Elevar ainda mais o protagonismo das pessoas atendidas pela AACD como agentes da campanha (em vez de apenas “beneficiários”), mostrando a inclusão ativa.

A 28ª edição do Teleton teve início às 22h30 de sexta (07) e se encerrou à 01h38 deste domingo (09), com a meta superada e mais de R$ 37 Milhões em arrecadação para a AACD.

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