HOJE NA HISTÓRIA: 35 anos sem Cazuza

 

Há exatos 35 anos, o Brasil se despedia de Cazuza. No dia 7 de julho de 1990, a música perdia um artista visceral, inquieto e apaixonado pela verdade. Filho do produtor João Araújo, ele rompeu qualquer ideia de zona de conforto ao transformar sua dor, seus amores e sua revolta em arte, com letras que atravessaram gerações, do rock nacional dos anos 80 até os dias de hoje.

Ao lado do Barão Vermelho, Cazuza ajudou a moldar a cara do rock brasileiro com hinos como “Pro Dia Nascer Feliz” e “Bete Balanço”. Depois, em carreira solo, levou ainda mais longe sua entrega emocional e política com clássicos como “O Tempo Não Para”, “Ideologia” e “Brasil”. Dono de uma personalidade intensa e uma voz marcante, ele cantava com a alma exposta, sem medo de parecer frágil ou arrogante . Por isso mesmo, parecia humano demais.

Cazuza viveu rápido e escreveu sua com muita urgência. Foi um dos primeiros artistas a falar abertamente sobre viver com HIV, desafiando preconceitos em uma época em que o assunto ainda era tabu. Ao fazer isso, se tornou símbolo de coragem, liberdade e autenticidade, enfrentando a morte com poesia, lucidez e uma inquietação que jamais se calou.

Ainda hoje, Cazuza provoca, emociona e inspira. Afinal, como ele mesmo disse, “minha música é uma ideologia: minha cara, meu retrato, minha imagem e semelhança.”

Com informações da 89 A Rádio Rock