LACROU? FLOPOU! Entenda por que "Branca de Neve" é um dos piores fracassos da Disney na história?


Salve turma do LSH! A nova versão de 'Branca de Neve' parece ter selado seu destino como um dos grandes tropeços recentes da Disney. O que era esperado com certa curiosidade pelo público flopou de forma estrondosa, ficando aquém até das projeções mais pessimistas. A decepção é palpável: nem o apelo nostálgico, nem o hype pré-lançamento conseguiram salvar a produção de críticas mornas e bilheterias vazias. Lançar o filme no Disney+ poderia ser uma tábua de salvação — uma chance de alcançar assinantes fiéis e, quem sabe, amenizar o dano financeiro e de imagem. No entanto, ao que tudo indica, essa não é (e pode não ser) a rota escolhida. A decisão de não disponibilizá-lo na plataforma levanta questões: será uma aposta teimosa nas salas de cinema ou uma admissão tácita de que nem mesmo o streaming pode redimir esse naufrágio? O futuro dirá, mas, por enquanto, 'Branca de Neve' parece destinada a ser mais uma nota de rodapé na história dos contos de fadas adaptados.

"Branca de Neve", que estreou nos cinemas no último dia 20/03, é um remake live-action do clássico animado de 1937, "Branca de Neve e os Sete Anões", dirigido por Marc Webb e estrelado por Rachel Zegler como Branca de Neve e Gal Gadot como a Rainha Má. O filme, que custou cerca de US$ 250 milhões (antes de despesas de marketing), teve sua estreia mundial nos cinemas em 21 de março de 2025. A produção enfrentou atrasos devido à pandemia de COVID-19 e às greves de Hollywood em 2023, o que levou a Disney a adiar seu lançamento original de 22 de março de 2024 para 2025.

O filme foi anunciado em 2016 como parte da estratégia da Disney de reimaginar seus clássicos animados em live-action, com novos números musicais compostos por Benj Pasek e Justin Paul (de "O Rei do Show"). A narrativa foi ajustada para refletir sensibilidades modernas, com foco na liderança e agency de Branca de Neve, o que gerou debates entre fãs e críticos. Só que desde o início, "Branca de Neve" foi alvo de polêmicas.

CONTROVÉRSIAS
A escalação de Zegler, uma atriz latina de ascendência colombiana, para o papel de Branca de Neve — tradicionalmente descrita como tendo "pele branca como a neve" — gerou críticas de alguns setores conservadores, que acusaram a Disney de "woke" e de desrespeitar o material original. Zegler respondeu que o nome "Branca de Neve" no filme deriva de sua sobrevivência a uma tempestade de neve, não de sua aparência.

Em 2022, Zegler chamou o príncipe do original de 1937 de "stalker" e destacou a intenção de modernizar a história, focando menos no romance. Isso irritou fãs tradicionais, que viram as mudanças como uma traição ao clássico. Após a eleição de Donald Trump em 2024, suas declarações políticas contra o presidente e seus eleitores intensificaram o backlash, levando a um pedido de desculpas público.

Após críticas do ator Peter Dinklage, que chamou a história original de "atrasada" por estereotipar pessoas com nanismo, a Disney optou por retratar os anões como criaturas mágicas animadas por CGI, em vez de atores reais. Isso gerou mais controvérsia, com atores de baixa estatura lamentando a perda de oportunidades de trabalho. A Disney reduziu a premiere em Hollywood a um evento discreto, sem imprensa externa, o que alimentou especulações de que o estúdio estava tentando evitar mais críticas negativas antes do lançamento.

DESEMPENHO EM BILHETERIAS
O filme estreou nos EUA e Canadá em 21 de março de 2025, arrecadando US$ 43 milhões no fim de semana de abertura doméstica e US$ 87 milhões globalmente (com US$ 44 milhões adicionais no exterior). Apesar de liderar as bilheterias, o resultado ficou abaixo das expectativas, que variavam entre US$ 45 e US$ 55 milhões nos EUA, segundo analistas. Comparado a outros remakes live-action da Disney, como "A Bela e a Fera" (US$ 174,6 milhões em 2017) e "O Rei Leão" (US$ 1,6 bilhão mundialmente em 2019), o desempenho inicial de "Branca de Neve" foi considerado fraco.

O filme recebeu 43% de aprovação no Rotten Tomatoes (baseado em críticas iniciais) e uma nota B+ no CinemaScore, baixa para os padrões da Disney, onde a maioria dos remakes ganha A ou A-. Críticas destacaram a atuação de Zegler como um ponto forte, mas acharam os anões em CGI "desajeitados" e a narrativa "sem charme".

Lançado no final de março, o filme não enfrentou concorrência direta de outros títulos familiares até "A Minecraft Movie" em abril, mas também não aproveitou o corredor de Natal, como "Mufasa: O Rei Leão" (que abriu com US$ 35 milhões em dezembro de 2024, mas alcançou US$ 717 milhões globalmente). Alguns analistas sugerem que o público está saturado de reimaginações live-action, especialmente de clássicos mais antigos como "Branca de Neve", menos conhecidos entre gerações mais jovens.

RECEPÇÃO CRÍTICA
As críticas foram polarizadas: A Variety elogiou Zegler como uma "supernova brilhante" e o filme como um dos melhores remakes recentes da Disney. O IGN chamou-o de "o melhor live-action da Disney em uma década" por sua adaptação temática, mas a The Guardian classificou-o como "exaustivamente horrível", criticando as atuações de Zegler e Gadot como "sem vida" e as mudanças "pseudo-progressistas". O Toronto Star deu uma estrela, chamando a produção de "uma arte sombria de US$ 250 milhões que não funciona".

VAI CHEGAR NO DISNEY+?
Até o momento, a Disney não anunciou uma data oficial para o lançamento de "Branca de Neve" no Disney+. No entanto, com base em padrões recentes: Filmes da Disney geralmente chegam ao streaming 45 a 90 dias após a estreia nos cinemas, dependendo do desempenho. "Mufasa: O Rei Leão", por exemplo, ainda não tem data confirmada, mas segue em cartaz devido ao sucesso prolongado. Já "A Pequena Sereia" (2023) foi para o Disney+ cerca de 90 dias após sua estreia.

Dado o início fraco de "Branca de Neve", a Disney pode optar por um lançamento mais rápido no Disney+, possivelmente entre maio e junho de 2025 (60-90 dias após 21 de março), para tentar recuperar parte do investimento com assinantes. Isso seria semelhante ao caso de "Dumbo" (2019), que, após um desempenho mediano (US$ 353 milhões mundiais), foi disponibilizado rapidamente no streaming. Porém, A Disney pode prolongar a janela theatrical se o filme ganhar tração nas próximas semanas, como "Mufasa" fez. No entanto, a falta de buzz positivo e a concorrência iminente (como "Lilo & Stitch" em maio) sugerem que o estúdio pode priorizar o Disney+ para mitigar perdas.

O desempenho inicial de "Branca de Neve" reflete um momento de transição para a Disney. Embora os remakes live-action tenham sido uma fórmula lucrativa (ex.: "Aladdin" com US$ 1,05 bilhão), a combinação de controvérsias, custos elevados e recepção morna coloca o filme em risco de não alcançar o ponto de equilíbrio estimado em US$ 340-450 milhões (considerando produção e marketing). A decisão de não lançá-lo diretamente no Disney+ — como "Mulan" (2020) durante a pandemia — indica que a Disney ainda aposta no cinema como vitrine, mas o fraco boca a boca pode limitar seu sucesso a longo prazo.

A ausência de um plano claro para o streaming até agora sugere cautela da Disney, possivelmente esperando os números das próximas semanas para decidir. Se o filme não crescer nas bilheterias, o Disney+ será crucial para tentar "reverter o dano", como você mencionou no texto inicial, embora isso dependa de como o público da plataforma reagirá a um título já tão polarizado. Eu espero que a nova versão da "Branca de Neve" não chegue ao catálogo do Disney+, e que podemos considerar a versão de 1937 como suprema e atemporal. Por isso que insisto: LACROU? FLOPOU! E ponto final.

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